"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

28.12.11

MuDança



Sabe qual a semelhança entre nós? É que eu também me apaixonaria por mim assim, loucamente como você, facinho facinho! Mas eu deixaria de me amar muito depressa, é aí está nossa diferença.

Acho que foi quando eu me apaixonei, me venerei, me idolatrei que você passou a ocupar menos espaço em mim, foi quando cortei o cabelo e pintei as unhas que você percebeu, e ficou com ciumes de mim mesma.

Eu queria pôr mais luzes e mudar a cor da cortina, mas você preferiu fazer uma parede entre nós. Fez o fundamento, foi colocando cada tijolo devagar, e eu fui pintando o meu lado, fui pendurando novos quadros, fui trocando os porta-retratos, e finalmente comprei um lustre e mudei a cor da cortina.

E assim você me protegeu de você, e eu me perdi onde você se perdeu, me perdi em mim!

3 beijos

23.12.11

Nerdquês


Eu pensava que estávamos na mesma janela, e que você era apenas uma aba na minha vida. Pensei que poderia usar o Ctrl + Tab, mas não, você estava distante, e para ir até você era necessário o Alt + Tab, era em outra janela que você estava, e não na minha, e além disso você tinha mudado de navegador. Você mudou para o Internet Explorer, e eu uso Google Chrome, como não tô afim de encher meu Pc de vírus não mudei meu navegador, então, a solução meu amor foi Shift + Del pra você e f5 pra mim.

2 beijos...

21.12.11

Aposto no oposto




Enquanto ela fala "mermão, tá ligado doido?" ele usa a norma culta da linguagem. Ele gosta de restaurantes e comidas sofisticadas, e ela ainda no cachorro-quente com coca-cola da lanchonete. Ele gosta de saltos e argolas, mas ela usa o Adidas star e piercings. Ele trabalha de manhã e de tarde, ela ainda fica nas provas finais. Ela ainda de molecagens, ele de responsabilidades. Ela de peixes, ele de  áries. Ela de Netuno,  ele de Marte. Ele da Terra, ela da Lua...


"Os opostos se distraem, os dispostos... se merecem"

16.12.11

Esse bem, deixa estar...



Eu sempre me preocupava com a posição das minha mãos, pra onde eu deveria olhar, como deveriam estar meus pés. Nesses desconfortos eu balançava minha perna esquerda, depois estalava os dedos, passava a balançar a perna direita. Quando os olhos se encontravam eu mudava a direção. Mordia minha bochecha, as vezes chegava a sangrar. Mas era culpa do desconforto, eu não sabia como me comportar nessas situações. Talvez me olhem e achem normal, mas não imaginam que minha mente está desesperada pensando em qual será o próximo gesto que farei!! É muito difícil pra mim deixar de segurar minhas mãos e segurar outras. É necessário tempo, e conforto! A aproximação me assusta. Eu demoro um tempo para encostar a cabeça no peito e deixar que mexam no meu cabelo. Talvez isso seja normal, ou talvez não, porque se tratando de mim nada é normal. Mas nesses dias até o teu silêncio me conforta. Mesmo quando tenho que encarar teus olhos ou sentir tua cabeça em meu colo. Sei lá, é tão simples. É incrível como a gente é tão bobo as vezes né? Quando digo a gente eu tô falando de mim mesma... E na verdade, as vezes quer dizer sempre.

Bobona, eu!

5.12.11

Eu juro



Juro que não esperava.
Juro que nunca pensei sobre.
Juro que não queria.
Juro que tenho medo.
Juro que isso não me sai da cabeça.
Juro que não vou estragar tudo!

30.11.11

O que não estava escrito


Ele não veio do céu, nem do inferno. Não caiu de paraquedas, não saiu de uma cartola. Ele apareceu de repente, como num passe de mágica. Ele  não veio por interesse, não planejou nem previu nada. Não teve medo de  falar, de tropeçar no escuro, de se equilibrar numa corda bamba. Nem se importou com o que aconteceria. Ele não esperou nada dela, não fez perguntas e não exigiu respostas. Ele só  queria estar  ao lado dela. Contar histórias e fazê-la rir. Ele só queria olhar pra ela, assim como ela era. E ela deixou, porque pela primeira vez alguém não quis mudá-la, enfeitá-la com laços e fitas. Eles nunca apertaram o botão de pause, mas ela nunca esperou que ele voltasse no outro dia, e ele voltava. Ela não esperava que ele ficasse, mas ele ficava. Ela não esperava que ele fosse, e ele não foi...

28.11.11

Essa noite não



Essa noite eu não quero mais provar o que já provei. Ouvir as mesmas musicas com aqueles arranjos em sol. Não quero café com canela, nem mousse de maracujá, e hoje [só hoje] não vou assistir F.R.I.E.N.D.S! Não quero conversar com as mesmas pessoas, nem falar dos mesmos assuntos [universidade, festa, igreja, amor], isso está me deixando sem cor! Essa noite as estrelas que vou ver são aquelas que brilham no escuro que colei no teto, vou desligar o telefone, ligar o pisca-pisca de natal que comprei ontem, abrir um daqueles Whiskys que meu pai me esconde e eu finjo que não sei onde estão, e ouvir o Chico César. Essa noite eu vou esquecer as escolhas que fiz até hoje, e vou pensar nas que vou fazer a partir de amanhã, porque amanhã é dia de despedidas na porta de casa, essa noite estou sem pressa, sem preço, sem praça... Não quero que Brenda chegue gargalhando no quarto, nem quero que me incomodem, não quero nem que minhas vontades cheguem perto de mim, nem minha alegria, nem minha tristeza, eu não quero nem você por perto, porque hoje, só hoje, quero ser mais minha do que sua.

24.11.11

Meu 1º herói




A história mais fascinante que ouvi foi o meu professor de história quem contou, nunca mais a esqueci, foi na 6ª série. Sobre Leônidas e Xerxes.

Leônidas era rei de Esparta, um guerreiro corajoso e admirável. E Xerxes [Eca] era um persa metido, feio e chato, que queria invadir a Grécia. Leônidas contava com 7.000 homens, entre eles 300 eram espartanos [Por isso que o nome do filme é 300]. Xerxes tinha um número muito superior de guerreiros, ele trouxera 200 navios. Antes de ir para a guerra a esposa de Leônidas disse "Meu amor, volte com o escudo, ou sob o escudo" [Ok, não foi assim que ela disse, mas foi quase assim, eu teria dito assim], isso significa que não é pra desistir, mesmo que você morra.
Leônidas pôs seus guerreiros  bem situados num desfiladeiro chamado Termópilas, "Eles não passarão por nós", disse Leônidas aos homens! Mas foi quando Leônidas estava ganhando a batalha que ele foi traído por um camponês, e o exercito de Xerxes conseguiu contornar e atacar pela retaguarda [=/]. E assim Leônidas foi derrotado até o último homem! No fim, quando Leônidas estava cercado pelos inimigos, Xerxes disse "Me dê suas armas e se entregue", então Leônidas respondeu "Venha pegá-las!" [Bicho corajoso da gota! *-*] daí os inimigos atacaram e mataram Leônidas. Que voltou sob o escudo para sua esposa... [=~~]

Antes de ir à Batalha Xerxes dando uma de gostosão e metido a poeta mandou um mensageiro à Leônidas com o seguinte recado "Renda-se, porque tantas flechas te atirarei que encobrirão a luz do sol!"
Leônidas que não tinha medo de nada deixou Xerxes mais irado com sua poética resposta "Melhor, combateremos à sombra".

E eu, na minha alma de menina, sonhando em ser uma pirata do bem fiz de Leônidas meu primeiro herói...

14.11.11

1, 2, 3...



É preciso ter coragem para amar. É preciso ter muita coragem para desamar!
É bom entender o fim de tarde, o fim do dia, o fim de um capítulo. Retirar a caneta na hora certa para não manchar a página de tinta. Não é todo mundo que consegue mudar o endereço das correspondências destinadas. E não é todo mundo que consegue se equilibrar quando só resta uma corda bamba, quando o que equilibra não é mais a certeza de ter tudo certamente traçado.   Na verdade, quando o cuidado se perde, se vai a poesia, e quando se desacerta assim, é a hora certa da partida. Quando o tempo não junta mais, só separa é hora de olhar bem para os ponteiros e ver que eles vão continuar girando e parar no tempo não é uma boa opção. A gente tem que entender o tempo para deixar de amar. Soltar a corda. Fechar as janelas e a porta. Deixar o outro ir sem dizer adeus. Se desapegar, e apagar de vez! Desamar, seja por raiva, por ciúmes, por necessidade... 
Eu só queria fechar os olhos, contar até três e fazer tudo desaparecer. O orgulho, o apego, o amor...
Mas, depois do 1, 2, 3, tudo ainda está aqui!

27.10.11

Na minha Janela número 100





Aqui é onde gosto de estar, porque aqui é tudo do jeito que eu quero.
São minhas cores, minhas caras, minhas palavras...
Aqui sempre tem um final feliz.
Aqui eu posso ser quem eu quiser.
Posso criar histórias diferentes, e ser todos os personagens.
Aqui não há medo, não há dúvida, nem incerteza.
Aqui eu não uso máscaras, uso versos.
Aqui eu sonho, crio, invento, imagino, conto.
Posso ter o tempo que quiser, no lugar que quiser com quem eu quiser!
Aqui eu nunca acordo, eu nunca parto.
É aqui onde visto minhas asas e conheço o infinito interior!
É aqui, nessas paredes coloridas de janelas com vista para o nada que pinto de palavras as páginas sem vida!

20.10.11

Poesia




Antes do amor não há poesia.
Antes do amor não há poeta.
Antes do amor não há rima, não há versos...
Antes de amor, nada!


Tu só entenderás a poesia quando realmente amar.
Poesia não é diferente, não se faz, se sente!

15.10.11

Ruas vazias



Foram quatro cidades, 7 doses, 12 festas, duas luas novas, aproximadamente 50 pessoas...
Foram resumos, relatórios, trabalhos, provas, apresentações, artigos...
Foram três livros, duas novelas, 8 filmes, duas peças, 21 poesias...
Foi Samba, Jazz, Rock, Funk, Forró, Sertanejo, Eletrônica...
Foi casa, Igreja, Pub, clube, Universidade, praia, rua...
Foi inverno, primavera, chuva, sol, frio, calor...
Foi paixão, ódio, saudade, amor, raiva...

Foi tudo, e nada coube nesse espaço que sobrou...

12.10.11

Quando eu era criança...

Quando eu era criança eu pensava que todos os adultos tinham 10 anos, porque era o máximo que eu sabia contar. Pensava que anjo era um animal de estimação. Quando eu matava um inseto, me trancava no banheiro logo depois, com medo de que a mãe dele viesse me pegar. 

Quando eu era criança queria construir um avião com o ferro-velho da garagem de vovô.  Eu olhava para o céu até ficar tonta com o movimento das nuvens. Fazia pipa de folha de jornal e saía correndo afim de que qualquer impulso levasse ela até os ares. Fazia cartas para Deus e deixava na prateleira mais alta da sala.

Quando eu era criança eu raspava as figurinhas do chiclete na parede da casa de vovó. Pedia o troco do pão para comprar balinha. Confundia acerola com pimenta. Criava formigas, pensando que elas comiam folhas. Quando eu era criança, pensava que podia voar, até o dia que rachei meu dente no chão, e testei voar com o guarda-chuva aberto, quebrei o guarda-chuva e ralei meu joelho. Pensava que ia morrer se a minha vela de 7° dia fosse a primeira a se apagar. Acreditava que quando chovia e fazia sol ao mesmo tempo, tinha uma viúva se casando. Pensava que ia me casar e sair num cavalo branco com asas voando pelo céu, até aparecer as letras "The End".

Quando eu era criança pensava que os postes levavam energia até a lua. Pensava que ficava invisível quando me cobria dos pés a cabeça. Pensava que as pessoas já nasciam de bigode. E ficava torcendo pra completar 10 anos e andar no banco da frente do carro.
Quando eu era criança eu tinha medo do bicho-papão, do lobisomem, de bêbado e do escuro, na verdade eu ainda tenho medo de bêbados, e do escuro também...

Quando eu era criança, nunca imaginei que ser grande seria tão chato, e que crescer implica perder a melhor parte de mim...

7.10.11

O nosso lugar no tempo




Acabamos desfazendo a distração que criamos. Deixamos que o certo entrasse pela porta e sentasse naquele sofá entre nós. Mas independente do certo ou errado vamos continuar sentados assistindo aquela cena, vamos conseguir capturá-la no espaço da quarta dimensão, basta ultrapassar a velocidade da luz, então enfim, vamos nos ver intactos em algum lugar no tempo (♪). Aqueles dois naquela areia, sob aquele céu nunca vão deixar de existir, aquele mar, aquele tango, aquelas estrelas... ficaram tatuadas em minhas pálpebras, e quando fecho os olhos é lá que as vejo, e aquilo que os olhos veem, o coração sente.


No nosso lugar no tempo, tem tudo o que a gente quiser ter.
No nosso lugar no tempo, tem tudo o que eu farei questão de lembrar!
No nosso lugar no tempo, nunca adeus...
Até breve.

3.10.11

Quando não se sabe o que sentir

Eu sou acostumada a escrever, mas tem vez que não sei como expressar algo, não sei que palavras devo usar... Nem sei se estou feliz ou triste, se devo ter coragem ou medo. Não sei se o que eu desejo vai acontecer, nem sei se o que acontece a minha volta é verdadeiro ou se é apenas uma ilusão.
Ando encobrindo certas coisas, mais para não me machucar e poupar outras pessoas...
Escondi palavras, gestos, sentimentos. Tudo que acontece não me atinge, não tenho dado importância a acontecimentos presentes, não tenho nem prestado atenção no ar que tenho respirado...
Mas agora tudo veio de uma vez só, essa confusão toda estourou!
Estava eu, congelada, guardada, estagnada e intacta a qualquer sentimento.
Eu deveria ter desconfiado, estava tudo calmo, Brisa de mais, principalmente para mim, que sempre fui um Furacão de tantos sentimentos!

Sem panos, sem cortinas, sem máscaras, pior que não sentir nada, é sentir muito!

1.10.11

O fim é apenas o começo


Pra mudar um pouco eu queria falar qualquer coisa que não remetesse a fim logo no inicio de um mês, mas quando as palavras chegam elas querem sair de mim...
Ontem eu estava desejando apenas um chocolate quente, e pensando quais seriam os próximos capítulos do meu livro. Ainda ontem eu confessei, imaginei, exagerei e escrevi. Eu fui, e quando voltei vi que o que era fim virou inicio e o inicio tinha começado do fim. Eu entendo de fim, só não entendo porque sobra tanta coisa quando eu subtraio! Aprendi a por as coisas em ordem, mas ainda não compreendo porque a pinga ainda desce rasgando e a tosse para na garganta depois de um trago...

Como eu entendo de finais, faço dessa despedida um começo!
Adeus baby, fica bem!

28.9.11

Nós em Nós



Quando voltei, voltei sem fronteiras, sem divisões, minhas janelas ocupavam toda a parede, nelas cabiam, o céu, inteiro, e aquele mar com estrelas! Não existe alfândega, não precisa de passaporte, basta só a identidade, aquela sem nomes, só a da foto. Voltei me ocupando com coisas passageiras, são menos complicadas, exceto nas despedidas... mas me acostumei com as despedidas, depois de tantas... Voltei na folia de uma quarta-feira de cinzas, voltei quando os poemas vinham sem nenhum esforço, voltei quando ainda haviam lágrimas a serem vertidas, e sorrisos a serem distribuidos. Voltei, porque estou bem acompanhada, mesmo quando estou só. Estar só não é problema, problema é ser só.

Não, eu não sou só, graças a um "n" que fez dois Nós no meu "só" ...


15.9.11

Bem


Adoro esse frio na barriga, esses pensamentos soltos, essa desatenção... Tenho observado muito a lua, tenho curtido muitos pores-do-sol, tenho admirado mais as flores no caminho da universidade.
Tenho visto como é legal sorrir pras pessoas dentro do ônibus ou no meio da rua...
Tenho andado muito feliz e ouvido muita música Lenineana.
Tenho sido atraída pelo perigo, assim como os corpos são atraídos pelo chão, mas estou segura, porque eu sei que a qualquer momento, a qualquer hora, sob qualquer circunstancia, há alguém me esperando para me levar pra casa quando perco minha consciência.

13.9.11

Em algum lugar no tempo ♪♫


Desde que cheguei em casa tô tentando escrever algo sobre hoje. Tudo me vem a cabeça de uma vez só, mas  meus dedos não conseguem traduzir nada... Não conseguem acompanhar minha mente que está a mil, relembrando, inventando, planejando, revivendo, analisando, processando, guardando...
É muita coisa para muito tempo, muita coisa para pouco tempo, isso requer tempo!
Eu já sabia, mas estava guardado em nitrogênio líquido, dentro de uma equação relativa elevada a Darwin!
É um passado presente no futuro! É imensurável, é secreto, é sagrado!
É certo no nosso Universo, sob a mesma Lua no encontro da Terra depois de ter partido de Marte, e saído de Vênus.

Sei não, hoje passaram minha cabeça no liquidificador...

Não vou falar mais nada, meu ultimo desejo é que Jack Bauer salve meu mundo em 24 horas.

9.9.11

O que der na telha

Se quiser fazer, faça!
Se quiser sair, saia!
Se quiser comprar, compre!
Se quiser comer, coma!
Se quiser vestir, vista!

É assim que têm sido todos os dias... E têm sido bem legais, tudo o que faço é com vontade de fazer. Se der certo, fico feliz, se der errado não culpo ninguém, viver assim tem sido mais satisfatório!
Só durmo se estiver com sono, só como se estiver com fome, só estudo se der vontade, pode ser qualquer hora do dia, em qualquer aula, qualquer ônibus. Se tiver mais uma dose eu tomo, se for mais uma música eu danço, se é o último mergulho, eu dou.

Se for pra amar eu amo, mas que seja porque eu quero, que seja de felicidade, que seja como a paixão  dos suicidas!

6.9.11

Ajustando-se




Consegui equilibrar minha vida, mesmo no salto agulha e depois de algumas garrafas de cana. Tenho entrado em choque com a teoria da relatividade e com a metafísica da impenetrabilidade, mas nada de tão grave. Descobri outra forma de conjugar verbos, no futuro-feliz-mais-que-perfeito. Tenho bebido muito ultimamente, mais por felicidade , na verdade sempre brindamos por felicidade. Tenho vivido no plano B, o plano A tenho deixado guardado na caixinha de jóias. Tenho orado muito a Deus, tentando incorporar sua sabedoria e compaixão infinita, e pedindo também, para que tudo isso não se torne um verbo conjugado no passado futuramente.

Até que o caos tem se organizado por aqui...

5.9.11

Mudança

Quando me olhei no espelho hoje de manhã fui testemunha da mudança. Minhas paredes estavam cheias de quadros coloridos, as luminárias brilhavam numa luz amarela, a porta estava aberta, e  tudo suspenso no ar sob o aroma de café com canela...
As coordenadas tendiam para o trópico de Capricórnio com o Sol apontado para Marte, mas decidi fazer minhas coordenadas, estou no precipício do fim do mundo com a Lua ao norte de Vênus, e é nesse ponto que quero estar agora! Sem privações, sem exceções, sem "apesar de". Assumi a fuga, assumi o desapego, assumi minhas incontinências... Porque chega um momento em que você tem que assumir mesmo que quer ser feliz, que não quer parar de sonhar, ou você assume toda essa pressão, ou para de viver.

Sem planejamentos, sem regras, sem papéis, é muito mais simples.

3.9.11

Eu quero!




Meu pai sempre costumava me dizer essa frase: "quem quer dá um jeito, quem não quer arranja uma desculpa", eu não sei nem de quem é, mas essa frase sempre fez parte da minha vida, e é uma baita de uma verdade!
Quem quer vai atrás, dá um jeito, sacrifica, faz, desfaz, refaz. Quem quer se vira, revira, procura, acha, encontra, reencontra. Quem se interessa consegue, conquista, arrebata, remenda, conserta, costura, liga. Quem se interessa cobre, descobre, acolhe, abraça, aconchega, acaricia, aninha, ama. Quem quer mesmo grita, esperneia, chora, se joga. É só questão de interesse, de importancia, preferencia e prioridade. Algumas coisas realmente importam e roubam nossa total atenção, quem não nos interessa, que se dane! Isso é a Seleção Natural, o mais forte prevalece!

E a razão?? Só existe na matemática! Que se exploda toda razão! Eu sei bem o que eu quero e estou querendo, por inteiro, por completo, sem meio termos... Agora!


1.9.11

Setembro


Eu sabia que algo iria acontecer esse mês, eu sentia.
Fui dormir sorrindo no dia 31, por quê?? Não sei...
Mas inexplicavelmente meu coração saltava dentro de mim, ele não batia, ele gritava, ele esperneava, ele dançava, batucava...
Alguém uma vez me disse: "siga sempre o seu coração, e você nunca estará só"
Fui seguindo, fui andando às cegas...
E cá estou eu, dentro da Canção de Maria do meu querido Manuel.
Eu não consigo nem usar as palavras direito...
Acho que não disse nada do que quis dizer, mas enfim...

Esse ano floresceu mais cedo...

29.8.11

Sobre a saudade

Hoje eu vim falar de saudade, depois de algumas conversas com pessoas distantes, depois de partidas e reencontros, estou em estado de saudade!
Mas não é saudade de um tempo, nem causada por lembranças, não, não.
É saudade de pessoas, é saudade presencial, de ter por perto.
É saudade causada por distância, não aquela distancia de não se falar.
É distancia de quilômetros mesmo, de cidades, as vezes de estados...
É saudade que alegra, porque tem fim.
É aquela que pode ser saciada, é só ter paciência...
É essa saudade que me enche de alegria, e me dá motivos de sobra pra aguardar ansiosamente um único mês do ano!

Que venha Novembro


Aos meus queridos espalhados pelo Brasil!

24.8.11

In tolerancia

Já fiz tanta coisa certa nessa vida, já fui tão educada, tão sóbria, tão coerente, tão mansa. Acho que perdi minha paciência, acho que fui muito controlada por muito tempo! Quando as pessoas pedem "aguente mais um pouco" é a mesma coisa que dizer "engula essa melancia, e depois essa jaca!!". Não dá mais, "Brisa, você tem que ter mais paciência", isso quer dizer o que? Que eu não tenho? Claro que eu tenho!! Eu só não tenho paciência sobrando. Querem que eu faça o quê? Paciência não se vende em farmacia ou coisa assim!! Chegou no meu limite! A partir de hoje nada de paciência!!
E da próxima vez não peçam para eu ter paciência, peçam pra que eu estenda mais um pouco meu acesso de impaciência!

25.4.11

Costurando no tempo verbal

Hoje em dia, são poucas as coisas que me interessam, e é com as chatas que eu acabo ocupando mais meu tenpo, é resolvendo equações, desatando nós, desavenssando as roupas. É difícil ter que admitir certos pensamentos, concepções, idéias, mas vou tentando encarar essa bagunça com paciência, talvez seja a forma mais segura de transformar minhas incontinencias literárias e o cansaço em poesia! Talvez eu esteja perdida, pensando se "o natural é evoluir". É necessário milhares de anos de mutações e evoluções para poder dar um passo a frente. Mas em dois passos, eu consigo voltar todos! Em 1 minuto eu fiz o suficiente para voltar a história, e chegar ao ponto onde Tesla nem tinha pensado na lampada! Me disseram que é porque eu penso de mais, mas a verdade é que eu penso de menos principalmente quando se trata de amar, penso que não se ama apenas por um verbo, se ama pelo tempo. É com essa linha que se costura uma vida em outra. Eu tento resolver as coisas de uma vez só, sem dar linha ao tempo verbal. Mas quando eu me deito, lembro que amar é menos racional do que julgo ser, e é mais espontâneo do que pareço mostrar.
Geralmente tenho sorte nos azares da vida, espero que dessa vez não seja diferente!

14.4.11

Árvores

No lunês árvores são os cabelos da Terra. Mas ela tem ficado bastante careca com a peste de piolhos terráqueos.

9.4.11

Distância

"A distancia entre as pessoas seguem a tendencia de log"

Eu tinha escrito isso na última folha do meu caderno, daí um amigo viu e me pediu para explicar, eu disse o seguinte:

Ás vezes pensamos que conhecemos muito as pessoas, e que aparentemente, elas são parecidas com a gente, mas por trás existe uma distância muito gigante, até com as pessoas que estão muito próximas de nós. Se nós vermos a sequencia 1, 2, 3. A distancia entre eles é pequena né? (Sim!) Mas se nós vermos a sequencia 10, 100, 1000 a distancia será maior certo? (Certo!) a 1ª sequencia é a que nós enxergamos aparentemente, a 2ª é a verdadeira, basta pegarmos a base 10 e fazer o logaritimo usando 1, 2 e 3 no exponencial!

Vocês entenderam o que eu quis dizer? Enfim... depois que eu disse isso pra ele, ele escreveu isso no meu caderno:

"A distância entre as pessoas segue a tendencia da estupiedz humana, que só depende de você para ser transformada!"

Valeu Ravizinho :*

4.3.11

Adequação da equação

Cansei sabe...
Já chega dessas conjugações ligando nossas palavras. Não aguento esses adjetivos criando polêmicas e esse pincel descolorindo telas! Estão misturados por aí muitos desses verbos omitidos sem identidade. São verbos transitivos diretos que precisam de complemento, mas andam por aí atrás do objeto direto, ou indireto, de outros verbos! Eu apenas simplifiquei a equação da lingua portuguesa do verbo amar, mas escolheram fazer dele um X da inequação do segundo grau elevada ao quadrado multiplicada por um adverbio de intensidade Y!
 E no fim isso vira um problema de 1° grau!

Eu não economizo as entrelinhas!

21.2.11

Meus 20...


Não me importa quantas vezes essa data foi um fracasso, quantas pessoas acabaram esquecendo-na, e quantas porcarias de 5 reais acabei ganhando, realmente não importa! Hoje comemorei 10 mais 10 do jeito que eu gostaria. Não foram apenas abraços, foi um "Free hugs" no estilo mais sincero, não foram apenas congratulações, foram desejos advindos de corações. Com pessoas que amo e me amam sem falsidade. Foi tudo muito simples e verdadeiro. E eu quero sempre isso, quero tudo espontâneo, as melhores gargalhadas, as bebidas mais coloridas, as melhores companhias, que sejam as mesmas, que sejam diferentes, mas que sejam verdadeiras.
Vi todas as pessoas mais importantes que eu queria ver, e não foi nada planejado, eu fui encontrando um pedacinho de mim em cada hora do dia, em cada lugar diferente, a cada virar de esquina.
E hoje, ao apagar minhas 5 velinhas (multiplicadas por 4), eu vi que era mais que feliz, eu tinha tudo ali, comigo, e o meu pedido se realizou naquele momento, e para todo o sempre.


Aos que pintam de cores a tela dos meus 20 anos!
Amo vocês...

18.1.11

Idade

No Lunês 'idade' não é o tempo em que você está no mundo, mas o numero de dores que sua alma sofreu, e que fez você aprender alguma coisa... Por exemplo, minha idade é beirando os 30...

17.1.11

Chuva

No Lunês 'chuva' é quando as palavras criam asas, se tornam pássaros e vão bicar nossos olhos até que caia água!

15.1.11

Camisa de força

No Lunês 'camisa de força' é um método anti-solidão para pessoas que foram abandonadas e esqueceram como abraçar e ser abraçadas.

13.1.11

Travesseiro

No Lunês falado na Lua, 'travesseiro' é como uma caixa para sonhos. Quando quiser guardá-los é só afundar o rosto o máximo que puder e fechar os olhos.

7.1.11

Brisa Lunar



Resolvi falar um pouco sobre a Brisa Lunar. Primeiramente todo mundo sabe que a Lua é um vácuo e não tem Brisa nenhuma. Mas foi a combinação, foi o neologismo que deu certo! Oscar Wilde disse uma vez "Definir é limitar", o que vou escrever sobre ela não é uma definição, é uma sinopse, porque ela é indefinível! Vou escrever um pequeno resumo como aqueles que vêm atrás do filme, depois de ler você pode escolher ou não mergulhar no mundo da Lua, depois só não diga que não avisei!


Brisa Lunar...
Brisa... suavidade, delicadeza, leveza. Uma característica marcante, é que, como o vento, ela não pode ser domada, não tente prendê-la, encarcerá-la, detê-la, porque se você a irritar, a Brisa se transforma em Furacão! Mas na maioria das vezes é um Cicio suave e brando em noite enluarada. Uma presença agradável em sua leve agitação!
E como vinda da Lua, ela tem fases, ela é "de Lua", às vezes ela é cheia e transborda alegria para todos, mas há vezes que ela mingua, desaparece e surge nova, com um sorriso modesto. E como se não bastasse ela é "da Lua", porque, definitivamente, ela não é terráquea, é Lunática! Não há como não notar isso de cara, ela não é desse mundo, acho que daí que vem sua inventividade, e peraltices! E como a própria Lua, venhamos e convenhamos, ela é linda...
E para finalizar ela é o Vento de Deus! I REIS 19:11

Brisa Lunar por um amigo Terráqueo ;)

3.1.11

1º Novo Ano

Mais um Ano novo! Mais promessas, mais linhas para serem escritas e muitas entrelinhas para serem entendidas! Esse ano não vou mais guardar as dores que acabei por encontrar nos anos passados! Não colecionarei os hematomas, as tatuagens, as cicatrizes de tantas estações diferentes! Não vou usar marca página para nenhuma das histórias com um ponto final! Não vou aguentar ficar bêbada de novo, nem vou aguentar tanto café e chocolate! Não quero ter uma úlcera, então nada de namorados! Já basta a gastrite nervosa que adquiri com os últimos! Dessa vez vou fazer tudo diferente, vou começar desfazendo as malas desses últimos anos e separar o que levo ou não pra esse novo ano que chegou! Até comecei diferente, usei lilás, brindei com pinga, desci do salto, não pulei onda nenhuma! Bem... e se as coisas tiverem que dar errado, elas darão, e não vou me importar com isso! Há bilhões de infinitas possibilidades, e eu resolvi colecionar as que dão certo para 2011!