"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

27.10.11

Na minha Janela número 100





Aqui é onde gosto de estar, porque aqui é tudo do jeito que eu quero.
São minhas cores, minhas caras, minhas palavras...
Aqui sempre tem um final feliz.
Aqui eu posso ser quem eu quiser.
Posso criar histórias diferentes, e ser todos os personagens.
Aqui não há medo, não há dúvida, nem incerteza.
Aqui eu não uso máscaras, uso versos.
Aqui eu sonho, crio, invento, imagino, conto.
Posso ter o tempo que quiser, no lugar que quiser com quem eu quiser!
Aqui eu nunca acordo, eu nunca parto.
É aqui onde visto minhas asas e conheço o infinito interior!
É aqui, nessas paredes coloridas de janelas com vista para o nada que pinto de palavras as páginas sem vida!

20.10.11

Poesia




Antes do amor não há poesia.
Antes do amor não há poeta.
Antes do amor não há rima, não há versos...
Antes de amor, nada!


Tu só entenderás a poesia quando realmente amar.
Poesia não é diferente, não se faz, se sente!

15.10.11

Ruas vazias



Foram quatro cidades, 7 doses, 12 festas, duas luas novas, aproximadamente 50 pessoas...
Foram resumos, relatórios, trabalhos, provas, apresentações, artigos...
Foram três livros, duas novelas, 8 filmes, duas peças, 21 poesias...
Foi Samba, Jazz, Rock, Funk, Forró, Sertanejo, Eletrônica...
Foi casa, Igreja, Pub, clube, Universidade, praia, rua...
Foi inverno, primavera, chuva, sol, frio, calor...
Foi paixão, ódio, saudade, amor, raiva...

Foi tudo, e nada coube nesse espaço que sobrou...

12.10.11

Quando eu era criança...

Quando eu era criança eu pensava que todos os adultos tinham 10 anos, porque era o máximo que eu sabia contar. Pensava que anjo era um animal de estimação. Quando eu matava um inseto, me trancava no banheiro logo depois, com medo de que a mãe dele viesse me pegar. 

Quando eu era criança queria construir um avião com o ferro-velho da garagem de vovô.  Eu olhava para o céu até ficar tonta com o movimento das nuvens. Fazia pipa de folha de jornal e saía correndo afim de que qualquer impulso levasse ela até os ares. Fazia cartas para Deus e deixava na prateleira mais alta da sala.

Quando eu era criança eu raspava as figurinhas do chiclete na parede da casa de vovó. Pedia o troco do pão para comprar balinha. Confundia acerola com pimenta. Criava formigas, pensando que elas comiam folhas. Quando eu era criança, pensava que podia voar, até o dia que rachei meu dente no chão, e testei voar com o guarda-chuva aberto, quebrei o guarda-chuva e ralei meu joelho. Pensava que ia morrer se a minha vela de 7° dia fosse a primeira a se apagar. Acreditava que quando chovia e fazia sol ao mesmo tempo, tinha uma viúva se casando. Pensava que ia me casar e sair num cavalo branco com asas voando pelo céu, até aparecer as letras "The End".

Quando eu era criança pensava que os postes levavam energia até a lua. Pensava que ficava invisível quando me cobria dos pés a cabeça. Pensava que as pessoas já nasciam de bigode. E ficava torcendo pra completar 10 anos e andar no banco da frente do carro.
Quando eu era criança eu tinha medo do bicho-papão, do lobisomem, de bêbado e do escuro, na verdade eu ainda tenho medo de bêbados, e do escuro também...

Quando eu era criança, nunca imaginei que ser grande seria tão chato, e que crescer implica perder a melhor parte de mim...

7.10.11

O nosso lugar no tempo




Acabamos desfazendo a distração que criamos. Deixamos que o certo entrasse pela porta e sentasse naquele sofá entre nós. Mas independente do certo ou errado vamos continuar sentados assistindo aquela cena, vamos conseguir capturá-la no espaço da quarta dimensão, basta ultrapassar a velocidade da luz, então enfim, vamos nos ver intactos em algum lugar no tempo (♪). Aqueles dois naquela areia, sob aquele céu nunca vão deixar de existir, aquele mar, aquele tango, aquelas estrelas... ficaram tatuadas em minhas pálpebras, e quando fecho os olhos é lá que as vejo, e aquilo que os olhos veem, o coração sente.


No nosso lugar no tempo, tem tudo o que a gente quiser ter.
No nosso lugar no tempo, tem tudo o que eu farei questão de lembrar!
No nosso lugar no tempo, nunca adeus...
Até breve.

3.10.11

Quando não se sabe o que sentir

Eu sou acostumada a escrever, mas tem vez que não sei como expressar algo, não sei que palavras devo usar... Nem sei se estou feliz ou triste, se devo ter coragem ou medo. Não sei se o que eu desejo vai acontecer, nem sei se o que acontece a minha volta é verdadeiro ou se é apenas uma ilusão.
Ando encobrindo certas coisas, mais para não me machucar e poupar outras pessoas...
Escondi palavras, gestos, sentimentos. Tudo que acontece não me atinge, não tenho dado importância a acontecimentos presentes, não tenho nem prestado atenção no ar que tenho respirado...
Mas agora tudo veio de uma vez só, essa confusão toda estourou!
Estava eu, congelada, guardada, estagnada e intacta a qualquer sentimento.
Eu deveria ter desconfiado, estava tudo calmo, Brisa de mais, principalmente para mim, que sempre fui um Furacão de tantos sentimentos!

Sem panos, sem cortinas, sem máscaras, pior que não sentir nada, é sentir muito!

1.10.11

O fim é apenas o começo


Pra mudar um pouco eu queria falar qualquer coisa que não remetesse a fim logo no inicio de um mês, mas quando as palavras chegam elas querem sair de mim...
Ontem eu estava desejando apenas um chocolate quente, e pensando quais seriam os próximos capítulos do meu livro. Ainda ontem eu confessei, imaginei, exagerei e escrevi. Eu fui, e quando voltei vi que o que era fim virou inicio e o inicio tinha começado do fim. Eu entendo de fim, só não entendo porque sobra tanta coisa quando eu subtraio! Aprendi a por as coisas em ordem, mas ainda não compreendo porque a pinga ainda desce rasgando e a tosse para na garganta depois de um trago...

Como eu entendo de finais, faço dessa despedida um começo!
Adeus baby, fica bem!