"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

29.5.12

Fogo!

no segundo 23 começa ;)

Não, não é de fogo que eu preciso. Aquele que já tive, aceso pela raiva e queimando de brigas. Não é aquela fúria alimentada com ódio que só se apagava depois de muitas lágrimas, não é aquele impeto de não parar, aquela fúria de consumir. Não é fogo, porque fogo eu já tenho de sobra...
Necessito do girassol  na primavera. Aquelas pétalas amarelas que vivificam, que significam renascimento em vez de destruição. Que buscam calor, mas não no fogo. Necessito de cores, aquilo que trás vida. Eu quero a promessa de que a vida pode ser linda mesmo depois de perdas, e que ela pode prosseguir por mais insuportável que sejam as queimaduras! Que ela pode ser boa novamente!
É isso que necessito, é nisso que acredito, é isso que vivo!
Meu lindo girassol!

17.5.12

Incontinências poéticas




Se eu gosto de me apegar? Definitivamente não! Coisa rara. Só guardo na bolsa algumas lembranças, aquele tíquete da entrada do cinema, aquela florzinha amarela e a foto no meu celular. Só me apego ao copo, que transborda poesia e música, e é pra ele que me confesso todas as noites. Talvez eu precise apenas de um pouco de bom senso, um fiozinho de razão, e uma dose de tequila... algumas doses de tequila. Eu nunca exigi  que ninguém entendesse o que escrevo, ainda mais, porque são poucos o que compreendem o que falo, e muito menos são aqueles que entendem o que ando fazendo. Vou confessar... Poucas coisas me chamam atenção, e poucas coisas me prendem. O descaso é o que mais me apega, e o desdém o que mais me prende. Nunca me faça de plano B.

11.5.12

Quando for tempo...





O tempo muda o dia, o tempo muda as estações, o tempo muda o clima, o tempo muda o céu, o tempo muda as cor... O tempo cura a dor, o tempo cria cicatrizes, o tempo forma raízes, o tempo envelhece, o tempo cauteriza, o tempo amadurece, o tempo apura, o tempo apaixona.
Quando for tempo...


Deixa que o beijo dure, deixa que o tempo cure - Moska

8.5.12

Sem ar





É essa intensidade que define o sujeito. Ela escolhe o verbo, dita o tempo verbal, conjuga na primeira pessoa do singular. É essa mania de perigo, de velocidade, de adrenalina, de riscos, de perdas... Embora leve como um cicio, prefiro o que acelera o coração e tira o fôlego...

3.5.12

Perdição



E é isso que você vê! Eu sou impetuosa mesmo, teimosa. Com o tempo você pega o ritmo, com o tempo... Não é rápido se acostumar com algo novo. E a medida que você aprende eu vou me acostumando a ficar pelo avesso, perdendo altitude, perdendo pressão, perdendo ar, perdendo suspiros, perdendo a guarda, perdendo palavras... Acho que só eu saio perdendo nessa historia. Calamidade poética! Falência poética! Medo poéticamente real! E foi sem aviso prévio...
Pois é, estou perdida, são nessas horas que prefiro os meus versos, porque amar me cansa.