"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

26.2.13

Mudança







Construímos habitações onde cada tijolo é bem planejado
São casas onde pretendemos morar por toda a vida
Histórias são escritas em suas paredes, janelas são abertas para o iluminar a casa
Fotos são expostas por moveis, músicas tocam na vitrola
Uma arvore é plantada no jardim, e você a rega todos os dias
Ela cresce exuberante e se mostra cada dia mais frondosa
Vivemos num mundo perfeito que erguemos, não existe interesse de ir a rua
Só que um dia somos obrigados a se mudar, algumas vezes não temos opção
Por onde começar a mudança?
Enfim começamos a tirar as coisas do lugar, mas, mesmo sem discos a vitrola ainda toca a mesma música
As fotos ficaram gravadas na memória
As situações se reprisam como filme por toda a casa
Mas, precisamos fechar as janelas, e trancar a porta
Entre a porta da sala e o portão ainda é um longo caminho
O terraço grita momentos felizes
No jardim flores de papel florescem a todo instante
Um banco que se mostra cheio de recordações
Ao fechar o portão e atravessar a rua, não conseguimos olhar para trás
É como se você quisesse esquecer de uma vez por todas daquele lugar
Mas, um dia você vai passar perto daquele bairro, vai acabar entrando naquela rua
E vai ver a casa linda, talvez reformada
Talvez o novo morador não saiba que você plantou aquela arvore
Porém, ele também tem feito mudanças naquele lugar
Você vai passar em frente e vai olhar para o portão
E em seu coração, sempre existira a esperança de ser convidado para entrar novamente
De sentar no terraço e de tomar um café

Pelo amigo terráqueo Rafael Costa
Ilustração: O próprio


1.2.13

Quando as palavras faltam...

Aquele movimento com as mãos uma sobre a outra pra mostrar o quanto embolada está a  situação...