"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

12.5.15

Sobre aqui



Quando eu vim pra cá eu decidi vir de vez! Eu sabia que viria desde muito antes, sabia de um jeito como se eu nem fosse vir. Então, aí eu percebi que eu vim, e eu tô aqui. Às vezes eu fico pensando como eu vim parar aqui, sério, às vezes eu esqueço mesmo, um dia desse eu acordei no meu quarto novo de paredes verdes e não reconheci, eu esperava que minha cama estivesse perto da porta, como era antes.

E então é segunda à noite e Pearl Jam tá tocando e o livro do Gullan* está aberto na página 148,  tá bem frio lá fora, e eu não trouxe casaco... posso não saber como vim parar aqui, mas quero ficar...



*The Insects: An Outline of Entomology

7.5.15

Minha casa?



Eu imaginei que era só arrumar minhas coisinhas na mala e vir. Mas não foi bem assim. Tem aquela parte que a gente chega, arruma tudo e espera que a casa de agora vire lar... 



6.5.15

Eu nego!




Eu poderia contar o que andei fazendo nesses últimos 8 meses de não postagem no blog, poderia dizer dos dias que não fiquei em casa, das estradas que não andei, das pessoas que não conheci, poderia escrever facilmente dos chocolates que não comi, dos dias que não faltei academia, das horas que não passei a toa, de como não estava em casa para a páscoa, e que não estarei em casa para o dia das mães, para o São João e para o aniversário do vô.
Não vou falar disso, vou permanecer sem contar tudo, o blog ficará em silencio de negação, daqueles que falam sem falar, que contam sem contar, que afirmam para negar, porque eu nego, nego da saudade, nego do apego, nego das boas memórias...