"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

8.4.13

Shh...

Dor, quem não já sentiu? Daquela que faz arrepiar cada pêlo do corpo, que embaralha os pensamentos e faz de cada palavra um gemido. Dor! Não do corpo, da alma! Não a dor de esfolar o joelho no concreto, nem a dor de uma surra, nem aquela dor quando uma pedra atinge sua cabeça e você tem que levar pontos. Dor é aquela que dói o coração. É a dor em segredo, a dor que mói todos os seus ossos, sem ao menos apertar sua carne! A dor febril sem temperatura alta, a dor delirante sem drogas nem alucinógenos! A dor real! Que não tem pontos que feche, nem remédio que sare! Nem beijo, nem abraço, nem fago que amenize... Dor! Que ninguém pode saber, entender ou resolver.