"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

28.6.17

Me desculpa meu bem

Desculpe meu bem, é que você foi aquela poesia mal rimada que a gente passa um traço e escreve outra coisa por cima.
Aquela palavra mal colocada, que não fez sentido algum no texto.
Aquela frase solta, que não carrega nenhuma ideia definida.

Desculpa mesmo, mas é que você foi uma rasura no meu texto sabe?
Não era pra ter sido, mas já que foi a gente conserta como dá.
A inspiração não foi você, a história não foi sobre você.
Vamos amassar essa folha, e eu vou escrever de novo, tá bem?
Sem você dessa vez.


1.6.17

De vez em quando

Vez ou outra ainda penso em você acredita?
Lembro daquele tereré que tomamos no estacionamento, das nossas teorias doidas de conexões e universo, do medo das câmeras de segurança, da musica na praia, de você dirigindo e segurando minha mão, daquele ritual de despedida sem fim que travávamos no meu portão.
Não sei porque você me vem a cabeça, se tudo foi tão bagunçado. E quando falam de você, só de ouvir seu nome meu coração atropela todos os outros pensamentos, e você fica na minha cabeça por horas.
Isso não é normal. Não pode ser!
Foi muito curto, foi muito pouco, foi muito rápido, algumas semanas até eu raciocinar direito e trocar seu nome na minha agenda por "Cilada Bino".

Eu odeio pensar tanto em você, e vez ou outra eu ainda penso em você, acredita?