"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

25.3.19

Não era amor!

Não era amor.
Aquele aperto no peito, o nervosismo refletido no embrulho do meu estômago, a ansiedade em te ver.
Nada disso era amor.
Era remorso, culpa, medo. Mas não amor.

Era a vontade de remediar erros, de cobrir mágoas, de reverter consequências negativas.
Era um esforço inconsequente para a aceitação.
Era uma tentativa de retorno ao que já foi bom um dia.
Era saudosismo que insistia em reviver momentos que permeavam a cabeça.

Não era amor.
Era apego.
Era culpa.
Era aprovação.
Já foi amor, não era mais.