"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

8.4.13

Shh...

Dor, quem não já sentiu? Daquela que faz arrepiar cada pêlo do corpo, que embaralha os pensamentos e faz de cada palavra um gemido. Dor! Não do corpo, da alma! Não a dor de esfolar o joelho no concreto, nem a dor de uma surra, nem aquela dor quando uma pedra atinge sua cabeça e você tem que levar pontos. Dor é aquela que dói o coração. É a dor em segredo, a dor que mói todos os seus ossos, sem ao menos apertar sua carne! A dor febril sem temperatura alta, a dor delirante sem drogas nem alucinógenos! A dor real! Que não tem pontos que feche, nem remédio que sare! Nem beijo, nem abraço, nem fago que amenize... Dor! Que ninguém pode saber, entender ou resolver.



Um comentário:

  1. Tenho experimentado essa dor há algum tempo...
    É dor que emerge da saudade, da ausência de alguém que não está distante por opção, mas pelo simples fator geográfico...
    E, por vezes, ela adormece, como que sucumbisse ao tempo e, finalmente, desse uma trégua ao coração e ao espírito. Mera ironia da vida: quando ela se recobra, aflora ainda mais intensa (como tem aflorado em mim a dor da sua ausência esses dias...).
    Sinto sua falta...

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