"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

22.12.16

Dualidade



A alma quebrada, ele consertou.
A roupa suja, ele trocou.
O solo infértil, ele floriu.
A ferida aberta, ele sarou.
O peso insuportável, ele levou.
O medo sufocante, ele espantou.

A luz que cegou, foi a que iluminou.
A água que afogou, também limpou.
O frio que doeu, despertou.
O bálsamo que ardeu, também curou.
O fogo que queimou, foi o que aqueceu.
A luta que feriu, fortaleceu.

E o longo caminho me trouxe aqui.
E eu vi a esperança, em meio ao caos.
E eu vi o amor, nascer de novo.
E eu vi, que eu já não era eu.
Uma nova versão de mim.

E tive forças pra continuar,
E vi você me chamando,
Eu vi você.
Foi um descanso pra meus olhos.
E dessa vez, sem medo, eu corri.
E dessa vez, sem medo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário