"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

12.12.16

Aprovada




Eu tinha me acostumado a resolverem por mim.
A jogar nas mãos de outra pessoa quando não conseguia.
Mas dessa vez foi diferente, não tinha outras mãos senão as minhas.
Dores de cabeça, gastrites, ansiedade e nervosismo.
Eu e eu mesma.
Depois de desastrosas e longas (me pareceram longas) semanas, lá estava eu concluindo uma etapa que me levava mais perto do fim.
Nesse meio tempo, várias coisas fugiram do controle, e eu tendo de resolver a vários quilômetros de distância, o que às vezes nem de perto se resolve.
Pela primeira vez não chorei, nem caí em desespero.
E depois, mais do que por uma banca de qualificação, fui aprovada por mim mesma.
E depois, tanta coisa valeu a pena .
E depois, tanto de mim se refez.
E depois, só agradeci.
E depois... bom, só Deus sabe.


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