"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

16.12.11

Esse bem, deixa estar...



Eu sempre me preocupava com a posição das minha mãos, pra onde eu deveria olhar, como deveriam estar meus pés. Nesses desconfortos eu balançava minha perna esquerda, depois estalava os dedos, passava a balançar a perna direita. Quando os olhos se encontravam eu mudava a direção. Mordia minha bochecha, as vezes chegava a sangrar. Mas era culpa do desconforto, eu não sabia como me comportar nessas situações. Talvez me olhem e achem normal, mas não imaginam que minha mente está desesperada pensando em qual será o próximo gesto que farei!! É muito difícil pra mim deixar de segurar minhas mãos e segurar outras. É necessário tempo, e conforto! A aproximação me assusta. Eu demoro um tempo para encostar a cabeça no peito e deixar que mexam no meu cabelo. Talvez isso seja normal, ou talvez não, porque se tratando de mim nada é normal. Mas nesses dias até o teu silêncio me conforta. Mesmo quando tenho que encarar teus olhos ou sentir tua cabeça em meu colo. Sei lá, é tão simples. É incrível como a gente é tão bobo as vezes né? Quando digo a gente eu tô falando de mim mesma... E na verdade, as vezes quer dizer sempre.

Bobona, eu!

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