"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

15.9.12

Pai nosso que estais no Céu...




Falta tanto tempo na sobra do que se fazer. No meio da fuligem dos carros que voam no asfalto de dia, e no meio dos corpos que se entregam nus a noite. É só uma dose pra fazer o mundo parar, só um trago pra aquecer o pulmão. Me farta essa pressa, me enfarta essa prece. Me enjoa essa nicotina, e o movimento dos corpos no chão escuro. Esse caos, esse culto. Me atrofia a alma e corrói meus ossos. É de ar que preciso, fresco e leve. Algo que limpe meu coração e desobstrua minhas vias aéreas. Ah Deus. Me livre do mal... Amém.

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