"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

17.4.16

Essa mala não te alça




Eu aceito mais essa bagagem, nessa altura do campeonato, aceitação é a palavra mais representativa. E eu vou levando como posso, como dá, entre uma lágrima e outra, a gente dá aquele sorrisinho de que está se conformando. Uma a mais, uma a menos não faz tanta diferença agora, nessa eu nem me dei ao trabalho em colocar "frágil, essa é uma daquelas memórias que preferimos que sejam extraviadas mesmo, que cheguem no destino aos pedaços, se possível. Hoje doeu. Doeu menos que ontem, talvez amanha doa um pouco menos. E assim são feito os cálculos de cada dia, contagem regressiva para o dia em que a dor será apenas aquela bagagem de mão que a gente carrega de vez em quando.

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