"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

30.1.18

Vem, volta, fica

Quando ele voltar vai ouvir Lenine comigo, e vamos deitar naquela rede e ele vai fazer cafuné na minha cabeça.  Ele virá cheio de "abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim", porque já aceitamos que todo o clichê faz parte do nosso ato. Quando ele chegar trará vinho, porque ele sempre traz vinho, e eu vou reconhecer o cheiro dele assim que ele cruzar a fronteira. Quando ele chegar eu estarei esperando uma mensagem para pegar minha moto e encontrá-lo, como se fosse aquela primeira vez. Ele vai sussurrar no meu ouvido tudo o que eu já sei, mas que ele insiste em dizer só por charme. E eu vou sorrir um segundo antes de beijá-lo. E nós vamos fugir de blitz, entrar em becos, e ele vai dançar a música que eu quiser. Quando ele voltar nós vamos andar de mãos dadas pela praia, pelas ruas na madrugada, até nos dar conta de que já fomos longe demais e tá na hora de parar e ficarmos juntos.

Venha amorzinho, vem cá ser meu romancinho maçã-do-amor e algodão-doce. Venha estabelecer essa paz. Um dia seguido do outro sem pressa, e mesmo diante de tantos outros, venha pra sempre compor meus dias!



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