"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

23.2.18

Nosso carnaval

Eu acordei sem saber onde tava, e olhei para  a janela que dava para o mar, o sol nascia dali, e enchia o quarto de luz. Sentei, consegui reconhecer os livros, a mesinha, e senti sua mão na minha perna, você dormia atrás de mim. Sua barba ainda cheia de Glitter dos blocos que seguimos na noite anterior. E minhas pernas tão cansadas de tanto frevo. Fui ver que horas eram, e como sempre, acordei antes do despertador.
Todo aquele quarto, toda quela luz, tudo o que eu via naquele momento me dava paz.
As lembranças dos últimos três dias, as ladeiras, o suor, o calor, as quedas.
Nossas mãos dadas por aqueles becos, tendo aqueles casarões antigos como as únicas testemunhas do bloco eu e você.
Até que tudo virou cinzas e acordamos debaixo de chuva. Que folia!

Você é meu carnaval dentro e fora de época.
Minha fantasia favorita
Minha marchinha chiclete e
Confete colorindo o chão.
Minha quarta-feira de fogo depois de uma quarta-feira de cinzas!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário