"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena

7.10.10

Parênteses

Desfiz o laço que amarrava o nó
Refiz os passos que andei
Cortei a fita do sonho
Fiz o que devia fazer
Me arrependi de tudo
Me convenci de que era certo
Fiz uma escolha difícil
Vi o inevitável acontecer
Pintei mais uma vez a alma
Sorri enquanto era dia
Deixei que o coração me guiasse
Vi o que era invisível
Vivi de versos e poesia
Ouvi as músicas mais belas
Senti os aromas mais puros
Olhei as cores e as luzes
Evitei de dizer adeus
Reescrevi o que tinha contado
Escrevi um novo capítulo
Recaptulei o que havia sentido
Olhei pras estrelas
Encontrei uma direção
Achei o norte
Tomei meu rumo
Naveguei por varios mares
Em alguns deles me afoguei
Me vesti de cores novas
Me pintei de céu
Me escondi entre flores
Voei com borboletas
Girei com a Terra
Verti água em lágrimas
Pulei de montanhas
Pulei fogueiras
Caí das nuvens
Alcei voos mais altos
Senti o vento
Pairei no ar
Me perdi em caminhos
Me encontrei em lembranças
Cheguei adiantada
Me atrasei no decorrer
E hoje, estou no tempo certo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário