Ele não veio do céu, nem do inferno. Não caiu de paraquedas, não saiu de uma cartola. Ele apareceu de repente, como num passe de mágica. Ele não veio por interesse, não planejou nem previu nada. Não teve medo de falar, de tropeçar no escuro, de se equilibrar numa corda bamba. Nem se importou com o que aconteceria. Ele não esperou nada dela, não fez perguntas e não exigiu respostas. Ele só queria estar ao lado dela. Contar histórias e fazê-la rir. Ele só queria olhar pra ela, assim como ela era. E ela deixou, porque pela primeira vez alguém não quis mudá-la, enfeitá-la com laços e fitas. Eles nunca apertaram o botão de pause, mas ela nunca esperou que ele voltasse no outro dia, e ele voltava. Ela não esperava que ele ficasse, mas ele ficava. Ela não esperava que ele fosse, e ele não foi...
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