"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena
17.9.15
Sobre os Cactos
As flores murcharam tão rápido, cor-de-rosa no domingo e quarta-feira de cinzas. E eu tava cuidando tão direitinho delas. Dois banhos de sol foram suficientes para acabar com tudo.
Esse negócio de arrancar quem murchou, trocar a terra, pôr no sol, tirar do sol, pôr a água, repor a água, bater um papo, dá trabalho demais. Por isso que eu prefiro cacto!
Mesmo depois de vários dias de castigo no sol, sem água, sem raiz profunda, sem trocar a terra, e sem trocar uma ideia, ele tá lá, no meio das pedrinhas, verde como sempre. Verde como da primeira vez que vi. Verde-cor-de-esmalte! Prefiro o verde sem flores que não acaba do que as cinzas do cor-de-rosa!
Nota mental: Procurar mais cactos, comprar mais cactos, ser mais cacto!
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Ciclos convulsivos verdes
ResponderExcluirRevoltosos trôpegos calvários
Em ascensão por hora
Intermináveis recomendações
Interditarias.
Frenética arbitragem reconciliatória.
Intermédios limitadores
De libertinagem silenciada
Nas próprias paredes criadas.
Indumentária austera, rica,
Bela e equilibrada.
Ou em falta?
Auto imposição limitadamente ignorante.
Ilusões todas ilusões.
Luzes reveladas contraditoriamente franca.
Comunicação
Sem aparente vibração.