"Quem tinha tempo para a poesia? Pois ela comprou um carrinho invisível e começou a catar palavrão" Rita Apoena
15.12.15
Abre
Deixa a luz entrar, clarear, iluminar, ensolarar, fazer sombra no sofá, deixar rastros no chão.
Deixa o som entrar, o canto daquele passarinho que fez ninho no poste, a gargalhada dos meninos correndo lá embaixo, o fusca que demora pra partir, a buzina por alguém que espera.
Deixa o cheiro entrar, do florescer daquela arvore na lateral, do almoço sendo feito no vizinho, o perfume das roupas estendidas no varal.
Deixa a brisa entrar, o frescor na pele exposta, vento despenteando os cabelos, dançando com as cortinas, espalhando os papéis, atiçando a chama acessa no fogão...
Abre a janela e sente a vida que pulsa dentro da casa, dentro do peito, dentro da alma.
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